Café Expresso Avançado

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Pressão

Æ 6.02 – Compreendendo a pressão no disco

Como baristas profissionais, muitas vezes estamos acostumados a pensar na pressão como uma entrada fixa da máquina. Quando a bomba é ligada, o manômetro da máquina nos mostra a pressão que a bomba produz, que normalmente é definida em torno de 9 bar.

A quantidade real de pressão aplicada ao disco, no entanto, é uma questão diferente. Para entender a discrepância, primeiro precisamos entender as relações entre pressão, fluxo e resistência.

 

 

A queda de pressão

O primeiro conceito a entender é que o fluxo através de um tubo não depende da pressão, mas da mudar em pressão ao longo de seu comprimento - chamado de queda de pressão. A água flui de uma área de alta pressão para uma área de baixa pressão, portanto a queda de pressão é necessária para criar fluxo.

Queda de pressão e fluxo. Em um tubo selado (imagem acima), a bomba da esquerda gera 9 bar de pressão. O tubo inteiro atinge 9 bar de pressão, mas não ocorre fluxo porque não há queda de pressão. Ao abrir o tubo (imagem abaixo), a pressão na saída é liberada e passa a ser igual à pressão atmosférica (0 bar). A bomba ainda gera 9 bar de pressão, então a pressão cai ao longo do comprimento do tubo, de 9 bar até a pressão atmosférica. A água flui de alta pressão para baixa pressão.

Em uma máquina de café expresso, a água é pressurizada na bomba, flui através da tubulação da máquina até o disco, e sai do disco para dentro do copo. Para que este fluxo continue, deve ocorrer uma queda de pressão em todo o sistema. Isso significa que a colocação do manômetro na máquina é importante – se ele for posicionado próximo à bomba, a pressão será maior; se estiver posicionado perto do disco, a pressão será menor.

A maioria das máquinas mede a pressão em algum ponto central: na tubulação.