O Guia do Comprador de Café para o Brasil

0 de 75 aulas concluídas (0%)

Notas do CBGB para compradores verdes

CBGB 7.01 Classificação de Café no Brasil

O Brasil foi o primeiro país do mundo a estabelecer um sistema formal de classificação e classificação do feijão verde. Em 1836, Dom Pedro II sancionou um projeto de lei que criava três categorias para o café verde: Primeira Sorte, Segunda Sorte e tudo mais. A lei categorizou o café de acordo com a quantidade de defeitos dos grãos verdes – uma abordagem que continua até os dias de hoje.

A partir de 1910, os comerciantes também começaram a provar amostras e a classificar os cafés pela qualidade sensorial, bem como pelo número de defeitos – uma abordagem que permanece rara fora do Brasil e de alguns países africanos (Feira-Morales 2002). O sistema brasileiro de classificação de cafés continuou a se desenvolver por consenso entre comerciantes e armazéns de café, tornando-se eventualmente conhecido como Classificação Oficial Brasileira (Classificação Oficial Brasileiraou COB). Como o sistema evoluiu ao longo do tempo de forma não estruturada, alguns descritores permanecem vagos ou abertos à interpretação (Ferraresso 2019).

Os protocolos COB foram formalizados pela primeira vez pelo Ministério da Agricultura do Brasil (MAPA) em 2002. O COB está intimamente ligado ao Associação de Café Verde de Nova Yorksistema de classificação da, que é usado para negociação em bolsas de mercadorias, mas não é idêntico. Embora o café brasileiro deva ser classificado no COB para ser comercializado, os produtores e exportadores estão cada vez mais usando outros sistemas de classificação para comunicar a qualidade do café, incluindo o da Associação Brasileira da Indústria do Café. Programa de Qualidade do Café e a Sistema de classificação SCA para cafés especiais (Carvalho e cols. 2014).

De acordo com o protocolo COB, as amostras para classificação devem ser colhidas aleatoriamente de um número de sacos no armazém que represente pelo menos 10% do lote. As amostras são misturadas e a classificação física é baseada em uma subamostra de 300 gramas, enquanto a análise sensorial é baseada na degustação de sete xícaras. O lote é classificado principalmente por “Categoria” (tamanho e formato do grão); 'Grupo' (qualidade sensorial); ‘Classe’ (cor do feijão); e 'Tipo' (presença de defeitos) (MAPA 2003).